segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A ilimitavel arte de se superar (The endless art of self surpassing).

A ilimitavel arte de se superar.

Certa vez, perguntei ao meu Si Fu e líder do Clã Moy Jo Lei Ou, mestre Júlio Camacho, o que o Ving Tsun kung fu lhe representava. Sua resposta me conduziu à compreensão de que tanto a dedicação à prática e vivência dos aspectos técnicos e estratégico, como a preservação do estilo de vida que nos é transmitido com a excelência da Moy Yat Ving Tsun, permitem ao praticante desenvolver a habilidade de se apoiar nas situações como se apresentam em benefício próprio com legitimidade.
Minha jornada de imersão na prática do kung fu vem promovendo um progressivo auto conhecimento, que me torna possível perceber com mais nitidez características pessoais que inúmeras vezes me fizeram vítima das circunstâncias. Em termos práticos, o Sistema de inteligência marcial da Moy Yat Ving Tsun me ensina, através do combate simbólico, a não me tornar refém do cotidiano.

A vida e como ela se apresenta é tomada de eventos que via de regra nos fogem do desejado. Com o tempo, passei a compreender que, na grande maioria das vezes, são frustrantes as tentativas de controlar os desdobramentos dos fatos. Durante mais de uma década praticando essa arte marcial, comecei a perceber condições análogas entre os exercícios e as ocorrências da minha vida. Quantas vezes deixei de tomar decisões acertadas em razão do medo? Como meus posicionamentos inadequados às demandas de momentos delicados me conduziram ao erro? Como minha leitura imprecisa do cenário ou de com quem estava me relacionando me trouxe prejuízos? Na luta, assim como nada vida, a fragilidade da nossa base nos derruba; uma estratégia mal elaborada, põe tudo à  perder. De uma forma que cada vez me é mais clara, meu corpo reproduz em combate os mesmos padrões que minha mente no cotidiano, o que torna claro para mim o porquê da sabedoria chinesa não considerar que exista essa divisão.
Foto tradicional Si Fu To Dai (Eu e meu Mestre Júlio Camacho)

Minha evolução como ser humano acompanha meu progresso nas artes marciais; na medida em que me exponho, compreendo e busco benefício nas minhas próprias limitações. O auto conhecimento reduz as possibilidades de meus defeitos me sabotaram e com isso torna possível enfrentar de forma mais preparada a voracidade do destino, me colocando cada vez mais alinhado com fluxo favorável das possibilidades.

--------------


The endless art of self surpassing

My master Julio Camacho watching me teach in 2011
Once I asked my Si Fu and leader of the Clan Moy Jo Lei Ou, master Júlio Camacho, what Ving Tsun kung fu represents to him. His answer conducted me to the comprehension that both the dedication to the practice and experience of technical and strategical aspects and the preservation of the lifestyle that is transmitted to us with the Moy Yat Ving Tsun excellency, enable the student to the develop to lean on and takes the best of the situations in the way they present themselves.
My immersion journey in kung fu practice have been promoting a progressive self knowledge that turns me capable of perceiving more neatly personal characteristics that, for countless times, turned me a victim of the circumstances. Practically speaking, the martial inteligente system of the Moy Yat Ving Tsun teaches me, through symbolical combat, to not be a hostage of the day-to-day.

Barra da Tijuca CEO Offices - myvt.nucleobarra@gmailc.om
Life and how it presents itself is full of events that, as a rule, run away from our desires. With time, I started to comprehend that, most of the times, the attempts to control the facts are frustrating. Fore more than a decade of practicing this martial art, I started to realize similar conditions between my exercises the my life occurrences. For how many times did I gave up on right decisions because of my fears? How my unsuited positionings in delicated moments had drove me to mistakes? How my incorrect reading of the scenario or of the people that I was relating myself with briged me losses? In fighting, such as in life, the fragility of our foot holding can knock us down; a bad strategy can put everything to waste. In a way that is more and more clear to me, my body reproduces in combat the same patterns of my mind in daily life, what clarifies the reason to the chinese wisdom disconsider this separation.

My evolution as a human being goes along with my progress in martial arts; in so far as I expose myself, comprehend and seek benefices in my own limitations. The self knowledge reduces the possibilities of self sabotage from my vices and turns me able of facing in a more prepared way the voracity of destiny, increasingly lining me up with the favorable flow of possibilities.

Nenhum comentário:

Postar um comentário